O documentário "A verdade sobre o que você come - Como se manter magro", produzido pelo canal GNT em 2008 mostrou, de forma muito clara e didática, seis fundamentos que levam à perda de peso sem qualquer dieta! O que mais me impressionou no programa e que me leva a registrar aqui seus principais pontos é o fato de que, ao contrário do que se costuma ver por aí, as constatações apresentadas foram resultantes de experiências e pesquisas muito consistentes e tecnicamente respaldadas, aplicadas em dezenas de voluntários e colaboradores, utilizando-se de métodos muito objetivos.
Para demonstrar os resultados e efeitos provenientes do estudo, o programa convidou um casal, ambos com obesidade mórbida, ou seja, numa fase em que perder peso é algo extremamente difícil e, por já terem experimentado inutilmente todas as dietas conhecidas, não mais acreditavam em nenhuma delas.
Durante dezoito semanas esse casal concordou apenas em aceitar os preceitos desses fundamentos e tentar, na medido do possível, adotá-los, sem nenhuma dieta. Assim, no final do período, acabaram perdendo em média 1 kg por semana cada um.
Sumariamente, os fundamentos são os seguintes:
1) O que você engorda em excesso é proporcional ao que você come em excesso:
Justificativa: Diagnósticos individuais do tipo "metabolismo lento", "hiper absorção intestinal de gorduras", "alta capacidade de conversão de carboidratos", "estado psicológico alterado", assim como quaisquer outros argumentos de natureza fisiológica ou psicológica são meras falácias.
Metodologia: Utilizando-se de um composto de isótopos não radioativos que é tomado pelos voluntários, os cientistas conseguem monitorar matemáticamente a equação que relaciona as as calorias ingeridas, consumidas e expelidas por cada um e chega-se à conclusão de que quem engordou mais no período, comeu mais calorias na mesma proporção.
2) Quanto mais comida você põe a seu dispor, mais você come.
Justificativa: Hábitos do tipo cozinhar além do que se vai comer e, sobretudo encher um grande prato uma única ou, no máximo, duas vezes, além da falsa comodidade e além de não ser elegante, induz a pessoa a comer até 45% mais. O ideal seria colocar porções minimas e se servir várias vezes.
Metodologia: Durante a apresentação de um filme, distribuíram sacos de pipocas de dois tamanhos diferentes aos expectadores voluntários. Os que receberam sacos maiores comeram em média 45% mais do que os que receberam sacos menores. Outra pesquisa revela resultado semelhante entre pessoas que recebem grandes pratos fartos e pessoas que recebem pratos com pequenas quantidades.
3) Comer enquanto se distrai te leva a comer mais.
Justificativa: Se a pessoa não se concentra no ato de se alimentar, passa a fazê-lo instintivamente de forma mecânica e sem qualquer relação com a sua nutrição propriamente, o que pode levá-lo a comer até 100% mais do que o necessário.
Metodologia: Comparado com pessoas que se sentam exclusivamente para uma alimentação ritual, aqueles que se alimentam em estádios enquanto assitem jogos, ou em frente à televisão ou, ainda, durante uma sessão de cinema, comem em média 100% a mais.
4) Comer proteínas mantém a sensação de saciedade por mais tempo, evitando que se coma novamente no curto prazo.
Justificativa: Ao contrário dos carboidratos (açúcares e massas), que além de serem digeridos rapidamente ainda provocam mais fome devido ao aumento da produção de insulina, assim como as gorduras que também têm digestão rápida e facilmente são depositadas no tecido adiposo, as proteínas, por sua vez, demoram mais para serem digeridas, mantendo o estômago cheio por mais tempo e enganando o cérebro que demora a dar alerta de fome novamente.
Metodologia: Voluntários são alimentados com dietas cujos valores calóricos são absolutamente iguais. Porém, um primeiro grupo tem ração à base de carboidratos, o segundo de gorduras e um teceiro à base de proteínas. As pessoas que se alimentaram de proteínas permaneceram um tempo até 20% maior sem sentir fome.
5) Alimentos com grande quantidade de água demoram mais tempo para serem digeridos no estômago, mantendo-o cheio e retardando a sensação de fome.
Justificativa: Água pura pode encher o estômago, mas tem uma passagem rápida e muito pouco interfere na sensação de fome. Entretanto, se os alimentos ingeridos possuem na sua composição uma grande parte de água, que apesar de não conter nutrientes faz volume, esta mistura mantem o estômago cheio por um longo tempo enquanto é digerida, uma vez que o estômago não separa os sólidos dos líquidos antes de processá-los.
Metodologia: Pessoas que se alimentaram de sopas demoraram mais tempo a ter fome do que aquelas que comeram os mesmos alimentos e nas mesmas quantidades, porém em estado sólido.
6) O cálcio oriundo dos queijos e laticínios magros reduzem a absorção de gorduras no intestino.
Justificativa: Pesquisadores Europeus comprovaram que o cálcio dos laticínios (queijos magros e iogurtes desnatados) têm a propriedade de reduzir o nível de absorção de gorduras no intestino em até 10%.
Metodologia: Dois grupos de voluntários passaram um determinado período ingerindo dietas equivalentes em calorias. Porém um dos grupos comeu regularmente iogurtes, queijos magros e outros laticínios ricos em cálcio e o outro grupo comeu outros alimentos equivalentes mas desprovidos de cálcio. O grupo que fez uso da dieta rica em cálcio excretou, em média, 10% a mais das gorduras dos alimentos.
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Mitos nocivos:
Muitos mitos criados pela publicidade passam a incorporar as crenças populares e chegam a ser, equivocadamente, aceitos por nutrólogos, nutricionistas e endocrinologistas como benéficos em certas dietas.
1) Barras de cereais: Possuem, em média, teores calóricos em torno de 350 a 480 Kcal/100g, sendo que o açúcar puro está em torno 400 kcal/100g. Além do altíssimo teor calórico, muitas vezes disfarçado porque indica apenas a quantidade de calorias por unidade, a teor de açúcar supera à maioria dos doces mais calóricos, tais como leite condensado, doce de leite, cocada, etc...
2) Cereais matinais: Também possuem altos teores calóricos devido ao excesso de açúcar da cristalização, ou seja, cerca de 130 Kcal/100gr.
3) Azeite de Oliva: Não obstante ser um dos óleos mais saudáveis devido às suas propriedades benéficas ao sistema circulatório, tem um altíssimo teor calórico em torno de 950 Kcal/100g, assim como qualquer outro óleo vegetal ou animal. Portanto, ao ser borrifado sobre saladas, retira destas a vantagem da baixa caloria.
Os azeites denominados extra-virgens são extraídos a frio em, no máximo, oito horas após a colheita da azeitona e preservam quantidades muito maiores de nutrientes benéficos ao organismo, sobretudo o ômega-3. Contudo, se forem aquecidos a mais de 63º C perdem a maioria dessas propriedades.
Cabe lembrar ainda que, ao contrário do que alguns acreditam, o colesterol é uma gordura de natureza animal que não é encontrada em nenhum óleo vegetal. Apenas nas gorduras de origem animal.
4) Margarina: Ao contrário do que muitos acreditam, a maioria das gorduras que compõem a margarina são de origem animal e, portanto, contém colesterol.
5) Banha Vegetal: A mais nociva das gorduras e que apresenta o mais alto teor de gordura trans na sua composição é também a mais apropriada e, portanto, mais utilizada em frituras comerciais por não produzir fumaça no ambiente, por propiciar frituras de apresentação impecável e sabor muitíssimo agradável. Salvo raríssimas exceções, é o que se consome quando compram-se pastéis e batatas fritas no comércio.
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Márcio Almeida∴
Para demonstrar os resultados e efeitos provenientes do estudo, o programa convidou um casal, ambos com obesidade mórbida, ou seja, numa fase em que perder peso é algo extremamente difícil e, por já terem experimentado inutilmente todas as dietas conhecidas, não mais acreditavam em nenhuma delas.
Durante dezoito semanas esse casal concordou apenas em aceitar os preceitos desses fundamentos e tentar, na medido do possível, adotá-los, sem nenhuma dieta. Assim, no final do período, acabaram perdendo em média 1 kg por semana cada um.
Sumariamente, os fundamentos são os seguintes:
1) O que você engorda em excesso é proporcional ao que você come em excesso:
Justificativa: Diagnósticos individuais do tipo "metabolismo lento", "hiper absorção intestinal de gorduras", "alta capacidade de conversão de carboidratos", "estado psicológico alterado", assim como quaisquer outros argumentos de natureza fisiológica ou psicológica são meras falácias.
Metodologia: Utilizando-se de um composto de isótopos não radioativos que é tomado pelos voluntários, os cientistas conseguem monitorar matemáticamente a equação que relaciona as as calorias ingeridas, consumidas e expelidas por cada um e chega-se à conclusão de que quem engordou mais no período, comeu mais calorias na mesma proporção.
2) Quanto mais comida você põe a seu dispor, mais você come.
Justificativa: Hábitos do tipo cozinhar além do que se vai comer e, sobretudo encher um grande prato uma única ou, no máximo, duas vezes, além da falsa comodidade e além de não ser elegante, induz a pessoa a comer até 45% mais. O ideal seria colocar porções minimas e se servir várias vezes.
Metodologia: Durante a apresentação de um filme, distribuíram sacos de pipocas de dois tamanhos diferentes aos expectadores voluntários. Os que receberam sacos maiores comeram em média 45% mais do que os que receberam sacos menores. Outra pesquisa revela resultado semelhante entre pessoas que recebem grandes pratos fartos e pessoas que recebem pratos com pequenas quantidades.
3) Comer enquanto se distrai te leva a comer mais.
Justificativa: Se a pessoa não se concentra no ato de se alimentar, passa a fazê-lo instintivamente de forma mecânica e sem qualquer relação com a sua nutrição propriamente, o que pode levá-lo a comer até 100% mais do que o necessário.
Metodologia: Comparado com pessoas que se sentam exclusivamente para uma alimentação ritual, aqueles que se alimentam em estádios enquanto assitem jogos, ou em frente à televisão ou, ainda, durante uma sessão de cinema, comem em média 100% a mais.
4) Comer proteínas mantém a sensação de saciedade por mais tempo, evitando que se coma novamente no curto prazo.
Justificativa: Ao contrário dos carboidratos (açúcares e massas), que além de serem digeridos rapidamente ainda provocam mais fome devido ao aumento da produção de insulina, assim como as gorduras que também têm digestão rápida e facilmente são depositadas no tecido adiposo, as proteínas, por sua vez, demoram mais para serem digeridas, mantendo o estômago cheio por mais tempo e enganando o cérebro que demora a dar alerta de fome novamente.
Metodologia: Voluntários são alimentados com dietas cujos valores calóricos são absolutamente iguais. Porém, um primeiro grupo tem ração à base de carboidratos, o segundo de gorduras e um teceiro à base de proteínas. As pessoas que se alimentaram de proteínas permaneceram um tempo até 20% maior sem sentir fome.
5) Alimentos com grande quantidade de água demoram mais tempo para serem digeridos no estômago, mantendo-o cheio e retardando a sensação de fome.
Justificativa: Água pura pode encher o estômago, mas tem uma passagem rápida e muito pouco interfere na sensação de fome. Entretanto, se os alimentos ingeridos possuem na sua composição uma grande parte de água, que apesar de não conter nutrientes faz volume, esta mistura mantem o estômago cheio por um longo tempo enquanto é digerida, uma vez que o estômago não separa os sólidos dos líquidos antes de processá-los.
Metodologia: Pessoas que se alimentaram de sopas demoraram mais tempo a ter fome do que aquelas que comeram os mesmos alimentos e nas mesmas quantidades, porém em estado sólido.
6) O cálcio oriundo dos queijos e laticínios magros reduzem a absorção de gorduras no intestino.
Justificativa: Pesquisadores Europeus comprovaram que o cálcio dos laticínios (queijos magros e iogurtes desnatados) têm a propriedade de reduzir o nível de absorção de gorduras no intestino em até 10%.
Metodologia: Dois grupos de voluntários passaram um determinado período ingerindo dietas equivalentes em calorias. Porém um dos grupos comeu regularmente iogurtes, queijos magros e outros laticínios ricos em cálcio e o outro grupo comeu outros alimentos equivalentes mas desprovidos de cálcio. O grupo que fez uso da dieta rica em cálcio excretou, em média, 10% a mais das gorduras dos alimentos.
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Mitos nocivos:
Muitos mitos criados pela publicidade passam a incorporar as crenças populares e chegam a ser, equivocadamente, aceitos por nutrólogos, nutricionistas e endocrinologistas como benéficos em certas dietas.
1) Barras de cereais: Possuem, em média, teores calóricos em torno de 350 a 480 Kcal/100g, sendo que o açúcar puro está em torno 400 kcal/100g. Além do altíssimo teor calórico, muitas vezes disfarçado porque indica apenas a quantidade de calorias por unidade, a teor de açúcar supera à maioria dos doces mais calóricos, tais como leite condensado, doce de leite, cocada, etc...
2) Cereais matinais: Também possuem altos teores calóricos devido ao excesso de açúcar da cristalização, ou seja, cerca de 130 Kcal/100gr.
3) Azeite de Oliva: Não obstante ser um dos óleos mais saudáveis devido às suas propriedades benéficas ao sistema circulatório, tem um altíssimo teor calórico em torno de 950 Kcal/100g, assim como qualquer outro óleo vegetal ou animal. Portanto, ao ser borrifado sobre saladas, retira destas a vantagem da baixa caloria.
Os azeites denominados extra-virgens são extraídos a frio em, no máximo, oito horas após a colheita da azeitona e preservam quantidades muito maiores de nutrientes benéficos ao organismo, sobretudo o ômega-3. Contudo, se forem aquecidos a mais de 63º C perdem a maioria dessas propriedades.
Cabe lembrar ainda que, ao contrário do que alguns acreditam, o colesterol é uma gordura de natureza animal que não é encontrada em nenhum óleo vegetal. Apenas nas gorduras de origem animal.
4) Margarina: Ao contrário do que muitos acreditam, a maioria das gorduras que compõem a margarina são de origem animal e, portanto, contém colesterol.
5) Banha Vegetal: A mais nociva das gorduras e que apresenta o mais alto teor de gordura trans na sua composição é também a mais apropriada e, portanto, mais utilizada em frituras comerciais por não produzir fumaça no ambiente, por propiciar frituras de apresentação impecável e sabor muitíssimo agradável. Salvo raríssimas exceções, é o que se consome quando compram-se pastéis e batatas fritas no comércio.
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Márcio Almeida∴
Um comentário:
Olá Marcio,
Sou aluno, de viola, do Renato. Gostei muito da publicação Como se manter magro. Estamos muito carentes de inforações qualidade. Valeu!
Abraço,
Acácio Neiva
Roceiro, aprendiz de violeiro, contabilista, advogado, especialista em gestão de empresas de pequeno e médio porte.
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