terça-feira, 13 de maio de 2014

Rock'n Roll, um Estilo de Vida!

Ídolos


O grande compositor cearense, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido como Belchior, lá pelos idos anos 70 já profetizava:
- "Nossos ídolos ainda serão os mesmos".
Pois, não é que os ídolos da minha infância continuam encantando as novas gerações! 

Veja:
Elvis ainda é recordista de vendas, ninguém jamais superou Beatles e Rollling Stones e a garotada bate sucessivos recordes de público mundo afora nos shows de Paul McCartney, Mick Jagger, Lou Reed, inclusive o nosso Rei Roberto Carlos, todos com 73 anos de idade, além de Eric Clapton, Rod Stewart e Steven Tyler (71), David Bowie e Ozzy Osbourne (70), Elton John (69) e Gene Simons (67).

Por isso, não me estranha o fato de meus filhos curtirem as mesmas músicas que eu, pois como muito bem observa minha filha Cíntia: "Até mesmo a rapaziada nova, cujo sucesso estourou nos anos 2000, está retrocedendo ao estilo dos seus respectivos ídolos da geração “enta”, que estão mais fortes que nunca".

A razão pela qual essa onda perdura e transcende gerações é traduzida em duas frases do meu querido sobrinho, o famoso violeiro e roqueiro Renato Caetano, de Minas Gerais, segundo o qual “Rock'n Roll não é estilo de música! É estilo de vida”! E "O Rock'n Roll não está no que eu toco, mas no que eu vivo"!

E vou além! Digo que o Rock'n Roll também é filosofia e cultura pois, a despeito do preconceito de que foi objeto quando ainda não era bem compreendido pelas gerações que o antecederam e apesar da mídia muitas vezes ter exacerbado em destacar casos isolados de uso de drogas no passado, na verdade o Rock nunca deixou de estar associado aos bons costumes, à filantropia, ao amor e ao romantismo.

Haja vista o fato de ter sua origem no Blues, o estilo musical próprio das comunidades negras segregadas às margens do Rio Mississipi e que, mais tarde, foi remodelado e divulgado para o mundo por Elvis Presley, outro personagem que sempre se pautou pela simplicidade e pela dedicação às causas dos menos favorecidos.


Símbolos e Curiosidades

A Caveira

Muita gente se pergunta: Por que o Rock'n Roll tem a caveira como símbolo?

Possivelmente a ideia original tenha sido inspirada na caveirinha colorida estilizada da banda americana Grateful Dead, no início dos anos 70. Porém, a consolidação desse símbolo como emblema dos valores morais das novas gerações de roqueiros ganhou o mundo e não mais guarda relação com aquela origem.

Assim, embora haja especulações pra todo gosto, a adoção desse símbolo atualmente é universal tem uma razão simples e, por sinal, bastante simpática! É que a caveira é a única forma de se representar o ser humano sem levar em conta a cor da pele, a raça, a origem, a idade, a religião, a situação financeira ou qualquer outro aspecto pessoalOu seja, é a única imagem na qual aparecemos todos absolutamente iguais, isentos de diferenças e, portanto, não suscetíveis a preconceitos ou discriminações.

A Mão Chifrada

Quanto ao sinal chamado mão chifrada é um gesto que tem origem ancestral na simbologia Maçônica, razão pela qual foi usado, embora discretamente, em muitas coreografias de Michael Jackson, que era Maçon iniciado no Grande Oriente dos Estados Unidos.
Porém, esse gesto tornou-se popular pelas mãos de Ronnie James Dio, ex Black Sabbath que, por costume herdado da avó italiana, cuja família também tinha vínculos com a ordem maçônica, fazia o gesto para afastar "mau-olhado" ou como "proteção contra o mal", segundo sua crença.

A língua

O outro ícone do Rock'n Roll é a língua pra fora, cuja imagem foi eternizada pelos dois maiores linguarudos do mundo, com suas chulapas monumentais, Mick Jagger (The Rolling Stones) e Gene Simon (The Kiss).
Este gesto simboliza a irreverência e protesto diante do poder opressor e das guerras promovidas pelos governos Norte Americano e Britânico, em especial.



Veja também Blues, a Origem do Rock'n Roll.
Veja também Elvis, o Mito.

Colaboraram:
Renato Caetano, violeiro, roqueiro, cirurgião dentista.

Cíntia Vinhal Almeida: publicitária, roqueira.


Marcio Almeida é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, Diplomado da Escola Superior de Guerra, MM∴, Escritor, Músico Amador, Meio-Maratonista, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia.




3 comentários:

Eduardo disse...

Muito legal. Parabéns!

Μασcισ Αζmειδα disse...

Valeu, Eduardo,
Obrigado!

Μασcισ Αζmειδα disse...

Um amigo me confidenciou que discordava do texto, no que diz respeito ao uso de drogas por parte dos astros do Rock.
Eu respondi que a sua observação fazia sentido. Mas que a mídia sempre aumentou muito, uma vez que noticiar gente famosa usando droga nos anos 70 e 80 era o que mais vendia jornal e revista. Entretanto, os roqueiros dividiam as pautas dos jornais com artistas de cinema, play boys endinheirados e hippies excêntricos.
Porém, muita coisa era mal contada. Por exemplo: A imprensa dizia que Elvis era o maior drogado do mundo e que teria morrido por excesso de drogas. No entanto, hoje todos os seu biógrafos revelam e demonstram que isso não era verdade. Ao contrário, ele era um dos "garotos propagandas" mais requisitados para campanhas anti drogas. Usou muito remédio controlado, mas por orientação médica (esse é o grande problema! Os médicos).
E, se de fato naquela época houve um uso excessivo nesse meio, hoje a coisa inverteu. Enquanto os adeptos de outros estilos musicais, como RAP, Hip-Hop, Funk, etc, etc, estão bastante envolvidos, os roqueiros clássicos (os verdadeiros, eu diria, rsrs...) combatem as drogas e levam vidas veganas, cultuam princípios religiosos e muitos dos que transitaram pelas drogas no passado, hoje mantém clínicas de recuperação, como é o caso de Eric Clapton, Elton John, os caras do Oasis, do Kiss, e o próprio Mick Jagger. Além disso, muitos deles são até meio exagerados em relação alimentação saudável e defesa da ecologia, como Paul McCarney, como foi John Lennon no final da vida, os caras do You Two e muitos outros.