terça-feira, 2 de setembro de 2014

Fora de padrão e na contra mão da evolução

O desgoverno pelo qual vem passando o nosso país ao longo dos últimos 12 anos tem criado retrocessos inusitadas para a sociedade brasileira, alguns destes nos remetendo a situações equiparáveis à idade média. Vejam alguns exemplos:

PAPEL MOEDA
Acabaram com a padronização do papel moeda, provocando uma verdadeira confusão nas carteiras dos cidadãos, assim como nas máquinas e equipamentos que manipulam e contam dinheiro!
Hoje cada cédula é de um tamanho, sob pretexto de que isso facilitaria a identificação pelos deficientes visuais. Mas, só pra conferir, consultei um amigo cego que me disse ser isso uma asneira sem tamanho e que nenhum cego seria capaz de identificar o valor de uma cédula pelo fato de ela ser 2 mm menor ou maior que outra.



MOEDAS METÁLICAS
No mundo inteiro, desde Roma antiga, as moedas metálicas são confeccionadas em tamanhos "proporcionais" aos respectivos valores. No Brasil, porém, a insanidade administrativa rompeu com essa tradição milenar, antes tão conveniente, e passou a produzir moedas a torto e a direito, sem qualquer lógica racional. Assim, a moeda de 25 centavos é maior que a de 50 e a de 5 Centavos é maior que a de 10, por exemplo. Aí, sim, os cegos piram!

ROTULAGEM DE ALIMENTOS
Tiveram a ousadia de impor uma norma que acaba com o padrão de medida na indicação de ingredientes nutricionais nos rótulos de alimentos, ignorando uma padronização consolidada no mundo inteiro há séculos, na qual os nutrientes são indicados em QUANTIDADE POR 100 gr. permitindo, assim, comparar valores nutricionais entre alimentos diferentes.

Entretanto, aqui no Brasil, um ato tipicamente improvisado e arbitrário (a maldita Resolução Anvisa nº 360/2003), inventou uma certa medida denominada QUANTIDADE POR PORÇÃO, que ninguém sabe bem o que é, mas cuja confusão criada é capaz de induzir o consumidor a deduzir que melancia é mais calórico que doce de leite, por exemplo, dada a verdadeira parafernália que mistura e confunde gramas, unidade, ml, colher de sopa, fatia, pedaço, colher de sobremesa, ½ pacote, colher de chá, cápsula, copo, xícara, etc, etc... Assim, atribuindo-se a qualquer uma dessas quantidades o tosco apelido de PORÇÃO, elimina-se a referência padrão por meio da qual seria possível medir e comparar o teor de nutrientes entre diferentes alimentos.



PLUGS E TOMADAS ELÉTRICAS

Na contramão da evolução tecnológica e da globalização econômica, as autoridades governamentais do nosso país foram capazes de acabar com a padronização dos plugs e tomadas elétricas, impondo a adoção de um formato improvisado sem paralelo no mundo, uma invenção inexplicada sem compatibilidade com nenhum outro padrão adotado em qualquer parte do planeta. 
Com isso, os brasileiros estarão impedidos de usar seus aparelhos elétricos/eletrônicos em outros países e, muito menos os estrangeiros poderão usar os seus no nosso país, como veremos abaixo, a menos que saiam pelas ruas à busca de um adaptador (conhecido como gambiarra Benjamin).  

Observem, por exemplo, na imagem acima, que à tomada de Padrão Universal podem ser ligados equipamentos de mais de 190 países, EXCETO OS BRASILEIROS, Ingleses e australianos. Ora, estes dois últimos são modelos usados há quase um século, portanto, muito antes do próprio padrão universal. Mas, porquê os cabeças de bagre brasileiros não adotaram o Padrão Universal, que é uma tendência em todo o mundo civilizado?

Mas, não! Na contramão de tudo, o modelo de tomada brasileira não é compatível e, portanto, NÃO PERMITE a ligação de nenhum aparelho de qualquer outra parte do mundo, pois os 
plugs não se encaixam no bizarro rebaixamento hexagonal e, também, porque o pino de aterramento (o terceiro pino do plug) não se alinha com o furo correspondente da nossa tomada esdrúxula. Tudo é absolutamente fora de qualquer padrão! Ora, isso só pode ter sido resultado de muita incompetência e muita visão retrógrada, senão alguma armação com fins financeiros!

A título de esclarecimento, o terceiro pino existente em todos os plugs é absolutamente necessário, pois é o aterramento que preserva os equipamentos de sobrecargas elétricas, como raios e oscilações na tensão.

Estimativamente são cerca de 40 milhões de residências com uma média de 10 pontos de energia cada, que devem ser substituídos por novas tomadas a 12,00 reais. Isto se traduz em cerca de 6 Bilhões de Reais. Soma-se a isto o custo de readaptação da indústria.


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