sexta-feira, 21 de julho de 2023

O Paradoxo da Intervenção Política na Gestão Pública.

O servidor público de carreira ocupante de cargo de direção nos altos escalões da administração pública, atua literalmente nos bastidores da política.

Por mais que ele tente se manter isento das questões relacionadas à política partidária, sempre que uma nova política de governo vem a ser proposta, recaem sob a responsabilidade dele a maioria das competências: os "enredos", a montagem do "cenários" e a produção da "peça" propriamente dita, embora ele nunca seja o ator principal, muitas vezes nem coadjuvante, às vezes nem aparecerá como protagonista de nada.
Subordinado, via de regra, a um superior hierárquico ocupante de cargo político, ele sempre se depara com situações, nas quais lhe caberá apenas duas possibilidades:
1) providenciar os meios e viabilizar a execução do que lhe é proposto - ainda que não concorde ou ainda que tenha restrições técnicas ou ideológicas em relação ao tema, ou
2) jogar a toalha, abrir mão da função de direção, voltar para a sua locação de origem e se recolher a atividades subalternas e burocráticas, até que novas funções de direção lhe sejam atribuídas.
Nessa última situação, resta-lhe pouca ou nenhuma margem de negociação ou de argumentação. Cai sempre naquela história: "tudo que você disser poderá ser usado contra você", pois os próprios superiores hierárquicos já sabem que ele não se alinha e que, portanto, poderá ser um estorvo. Se insistir em permanecer, certamente será menosprezado, negligenciado e poderá sofrer retaliações.
Ao longo dos meus 30 anos no exercício de funções de direção e assessoramento nos escalões superiores da administração pública federal, colecionei uma sucessão de experiências inusitadas, algumas exitosas, outras nem tanto, além de uma série de grandes decepções, sobretudo nos últimos cinco ou seis anos de carreira.
A narrativa dessas experiências, contando detalhes do cotidiano da alta hierarquia do governo federal, desvendando tramas políticas, armações, traições, corrupção e ambições de toda natureza, faz parte do projeto de um livro que pretendo lançar o mais brevemente possível.
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Marcio Almeida é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, Membro da Carreira de "Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental" da Administração Pública Federal brasileira, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, Diplomado da Escola Superior de Guerra, MM, Escritor, Músico Amador, Meio-Maratonista, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia.

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