sábado, 25 de fevereiro de 2017

Amor de Pai

O amor do Pai influencia mais os filhos do que o amor de mãe.
Esta é a constatação dos Doutores Abdul Khaleque e Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA), após a conclusão de uma pesquisa que durou meio século, na qual acompanhou e analisou mais de 10.000 pessoas, desde a infância até a idade adulta, em 36 diferentes amostras populacionais em diversas regiões do mundo.

Quando avaliaram separadamente o impacto da presença ou da ausência do amor do pai ou do amor da mãe, os pesquisadores encontraram uma diferença significativa: A influência do afastamento ou da rejeição pelo pai é significativamente maior do que a da mãe.

Isso comprova que amor de pai contribui tanto - ou até mais - para o desenvolvimento da criança quanto o amor de mãe, concluem os pesquisadores.

Algumas hipóteses tentam explicar essa diferença, alegando que possivelmente as crianças sejam mais atraídas e deem mais atenção ao pai porque este lhes parecem ter mais prestigio e mais poder interpessoal, segundo o entendimento do Dr. Rohner.

O envolvimento mais frequente do pai com atividades lúdicas, ostentando habilidades no esportes, na música ou nas atividades de lazer, inclusive a sua própria atividade profissional, quase sempre mais atraente, motivariam maior curiosidade, atratividade e até mesmo um certo fascínio aos olhos da criança, que acaba por associar o pai aos super heróis prediletos.   
Efeitos da rejeição e/ou afastamento dos pais:
Segundo o pesquisador, "crianças e adultos em todo o mundo - independentemente de diferenças de raça, cultura e gênero - tendem a responder exatamente da mesma forma quando percebem que estão sendo rejeitados ou afastados dos pais ou das pessoas que cuidam deles".

Nesses casos, as crianças sentem-se mais ansiosas e inseguras, e desenvolvem maior hostilidade e agressividade em relação às outras pessoas. Quando se tornam adultas, elas têm dificuldade em estabelecer relacionamentos firmes e de confiança com seus parceiros.

Estudos envolvendo neuroimagens mostram que a rejeição ativa as mesmas partes do cérebro que a dor física. "Contudo, ao contrário da dor física, as pessoas podem reviver psicologicamente a dor emocional da rejeição por anos a fio," disse o pesquisador.

"Nenhuma outro tipo de experiências provoca efeito tão severo e tão consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento quanto a experiência da rejeição ou do afastamento do convívio com os pais na infância", conclui o pesquisador.

Tradução e resumo de Science Daily: A father's love is one ofthe greatest influences onpersonality development
Co-Autor e Responsável pela apresentação da Pesquisa: Ronald P. Rohner (Curriculum)

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