quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Jesus Cristo.


Nenhum registro histórico menciona a existência de uma pessoa chamada Jesus Cristo. Na verdade, esse personagem teria sido uma ficção produzida pelo império romano, conforme veremos a seguir.
A história do Império Romano foi ampla e criteriosamente documentada, registrando todos os fatos sociais, políticos e econômicos e, obviamente, os respectivos personagens envolvidos. Era por meio da divulgação desses registros que o império dava publicidade às suas ações e mostrava resultados às populações, tanto de Roma quanto das colônias, como forma de dar sustentação ao poder dos imperadores e promover o triunfo e a glória do Império. 

Por isso, não faz sentido crer que algum evento ou personagem relevantes, que porventura tenham existido nos limites da jurisdição romana pudessem ter sido omitidos pelos historiadores oficiais do império. Por óbvio, se em plena páscoa judaica de Jerusalém tivesse havido um julgamento em praça pública, com a participação do governador romano e do Sinédrio, que resultasse na crucificação do condenado, como diz a Bíblia, certamente haveria farta documentação acerca desses fatos, sobretudo porque a Judeia, naquele tempo, era uma das colônias mais importantes do império

No entanto, nenhum registro histórico jamais mencionou tal evento, tampouco a existência de algum personagem chamado Jesus Cristo, que tivesse sido condenado e crucificado.

Mas e os Evangelhos?

Os evangelhos teriam sido escritos por Flavio Josefo nos anos 70 E.C. (Era Comum), com o propósito de criar e difundir uma divindade que, por um lado, pudesse dar respostas às profecias messiânicas contidas nas escrituras judaicas e, por outro, que disseminasse a tolerância e a submissão, a fim de pacificar a índole rebelde do povo Judeu.
A Judeia foi colônia romana durante quase 200 anos (de 63 A.C. até 135 E.C.), tendo sido uma das províncias mais rebeldes de todo o império. E, dentre várias revoltas ocorridas, talvez a mais sangrenta tenha acontecido por volta do ano 70, quando os romanos praticamente aniquilaram a população e destruíram o seu sagrado templo de David, em Jerusalém.
Como forma de evitar novas revoltas e tamanhas tragédias, o imperador Vespasiano ordenou que fossem oprimidas e extintas todas as formas de manifestação religiosa dos Judeus e que fossem destruídas todas as escrituras sagradas em poder da população, já que a religião era a causa principal de todas as revoltas. 
Flavio Josefo, judeu de nascimento e conhecedor da cultura judaica, tornara-se um dos principais historiadores romanos, responsável por todos os registros de eventos relativos à Judeia, foi quem teria recebido a incumbência de constituir os novos fundamentos doutrinários dessa nova ordem religiosa, a ser difundida entre os Judeus.
Assim, Josefo teria escrito diversos evangelhos, nos quais se criava a figura do messias, a encarnação do salvador do povo Judeu, dotado de poderes divinos, tal como profetizavam as antigas escrituras.

No entanto, diferentemente daquelas profeciaso messias de Josefo não reivindica a redenção do seu povo e a criação de um novo reino combatente, que seria governado por ele mesmo em nome de Deus. Ao invés disso, paradoxalmente ele se caracteriza por pregar o amor, o perdão e a misericórdia, assim como pela passividade e resignação extremas ("àquele que te esbofetear a face direita, oferece-lhe também a outra”), como também pela complacência e subserviência perante o poder do império ("dai a César o que é de César"). 

Tudo isso revela uma conduta e uma personalidade incompatíveis com o que se pode imaginar de um Judeu da Galileia, pertencente a uma cultura marcada pela rebeldia, criado entre guerras, opressão e ataques de soldados romanos. Pelo contrário, são atributos bastante convenientes ao propósito de Roma de pacificar aquele povo, indicando se tratar, de fato, de uma criação deliberada. 

Estrategicamente, o messias não foi dotado de um nome próprio, como sempre foi comum. Apenas lhe foi atribuída uma denominação aludindo às suas próprias qualificações messiânicas de forma redundante, pois o termo "Jesus" é a simples tradução da palavra "messias" ou "salvador" no idioma Hebraico e "Cristo" é a mesma palavra no idioma Grego. 

Ressalte-se que, naquela ocasião, a palavra evangelho, proveniente do Grego (eu, bom - angelion, mensagem), era a denominação dos atos oficiais do império romano - algo equivalente, nos dias de hoje, à publicação de decretos e decisões governamentais. Portanto, numa tradução atualizada, o termo evangelho poderia ser entendido como "publicação de novas normas e doutrinas", ou seja, meros atos do poder público romano. 

Uma simples leitura isenta revela que todos os evangelhos, inclusive aqueles considerados apócrifos, preservam o mesmo estilo literário, comprovando terem uma mesma origem de produção, em tese, atribuída a Josefo e seus escribas auxilares.

Por razões óbvias, não procede as supostas autorias contidas na Bíblia, como sendo os apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João, tampouco os evangelhos chamados apócrifos, como sendo de Felipe, de Judas, de Tomé, de Pedro, dentre outros tantos. Primeiro, porque se tivessem sido escritos durante a vida dessas pessoas, teriam sido destruídos por volta do ano 70 por ordem de Vespasiano, conforme dito acima.

Mas a comprovação mais óbvia de que essas pessoas não poderiam ter sido os autores dos evangelhos é o fato de que, naquela época, a alfabetização era um privilégio exclusivo dos escribas, que detinham conhecimento, tanto para ler e escrever, quanto para fabricar as próprias tintas e o papiro, atividades bastante complexas para a população comum. Estes escribas profissionais, geralmente eram funcionários dos governos ou de ricos mercadores, equiparados, nos dias atuais, a autoridades cartoriais ou a altos cargos oficiais. Todavia, é notório que os personagens que compõem o círculo de relações de Jesus são pobres pescadores e gente muito simples, obviamente, não alfabetizados. 

Originalmente foram produzidos pelo menos cinquenta evangelhos, destinados às comunidades judaicas remanescentes dispersas pelo império. Entretanto, no ano 325, por ocasião do Concílio de Niceia, o imperador Constantino decretou que seriam aceitos apenas os quatro evangelhos atuais, abolindo e proibindo todos os demais sob pena de morte.


Ficção literária - Inconsistências.

Não obstante a absoluta falta de comprovações históricas de que os fatos descritos no Novo Testamento sejam reais, a própria narrativa, em si, menciona eventos totalmente inconsistentes, que jamais poderiam ter acontecido naquela ocasião. Ainda assim, dada a dimensão propalada daqueles supostos episódios narrados nos Evangelhos, se por um acaso tivessem, de fato, acontecido, teriam sido objeto de registros detalhados por parte do governo romano. No entanto, nenhuma única linha de rodapé faz referência a esses fatos. Veja alguns exemplos dessas inconsistências. 

A Entrada de Jesus em Jerusalém, seguido por uma multidão, que o louvava como pretendente ao reino da Judeia, justo na véspera da Páscoa, seguramente teria sido coibida pelas violentas e opressoras tropas policiais de Roma, que não exitavam em assassinar qualquer judeu que se comportasse de maneira suspeita ou promovesse qualquer conduta que não fosse de submissão total. 

A invasão do templo, na qual Jesus teria atacado pessoas e animais, virado mesas e afrontado a rotina cotidiana daquele ambiente, teria sido prontamente contida pelos oficiais do templo ou pela população, que adorava aquele ambiente sagrado e, certamente, estaria disposta a defender a ordem a qualquer custo. Portanto, esse ato teria, certamente, resultado na prisão ou até mesmo na morte imediata do judeu rebelde.

A retirada do corpo de Jesus da Cruz, apenas seis horas após a suposta crucificação, teria sido um grave ato de afronta ao poder das autoridades romanas. Por tradição, os corpos dos crucificados deveriam permanecer na cruz por dias ou semanas, muitas vezes até se decomporem, pois a crucificação não visava a morte do condenado, mas prioritariamente a exposição da sua agonia e, depois, a manutenção do seu corpo na cruz, como uma demonstração pública do poder opressor do império. 

A própria ressurreição, mesmo tendo sido narrada com o propósito de se promover um evento de máxima glória, se fundamentou em uma sucessão de boatos inconsistentes, nos quais todos os que, em tese, teriam testemunhado ou visto Jesus ressuscitado, alegam que não o reconheceram, apenas supõem tê-lo visto. Portanto, dada a sua improbabilidade, a narração sequer aponta uma única evidência consistente que pudesse servir como prova da ressurreição. 

Todavia, a proposta religião pautada nos evangelhos de Josefo não foi bem aceita pela parcela mais esclarecida do povo Judeu, conforme demonstrou a história. Contudo, em 312 E.C. tornou-se a religião oficial do Império Romano, por ato do Imperador Constantino. 

Fontes:
  1. Livro "Caesar's Messiah - The Roman Conspiracy to Invent Jesus", de Joseph Atwill.
  2. Documentário "Caesar's Messiah - The Roman Conspiracy to Invent Jesus" - Oficial Version
  3. Documentário "Os Romanos Inventaram Jesus" - Cópia legendada em Português.  

* O autor é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, ex Diretor de Auditoria do Governo Federal, Ex Presidente de Processos Administrativos da Agência Nacional de Aviação Civil, Coordenador Geral de Modernização e Tecnologia nos Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia, Meio-Maratonista, MM

Um comentário:

Anônimo disse...

Vou postar uma foto de um documento w tenho. Até o coloquei num quadro. Que confirma exatamente o contrário., Qual será a verdade?