quarta-feira, 14 de junho de 2017

Maravilhas do Rock'n Roll - Anos 60/70: The Hollies

Conta a história que, em 1884, numa noite sob forte nevasca, o monge James Wells, guardião Igreja Unidos Livres da Escócia (United Free Church of Scotland), foi despertado por alguém batendo na porta.
Ao abrir, deparou-se com uma garota de cerca de 10 ou 12 anos de idade, carregando nas costas um garoto mais novo, mas quase do seu tamanho.
A fome, o frio, o cansaço e a miséria estampadas no rosto daquelas crianças comoveram o monge que os acolheu e, surpreso com o ato da garota, exclamou:
- Ele deve ter sido um grande peso (um fardo pesado, em outras traduções)!
Ao que a garota respondeu:
- Ele não é pesado! Ele é meu irmão! (He ain't heavy, he is my brother).
Na verdade, não eram irmãos de sangue, mas órfãos abandonados que tentavam simular laços de família para se apoiarem na luta pela sobrevivência.
Inspirados nessa história, em 1969 os compositores Bobby Scott e Bob Russell fizeram a música que se tornou um dos maiores sucessos dos anos 70, na interpretação da banda britânica “The Hollies” (vídeo abaixo).
O grande sucesso dessa bela melodia e a força sentimental do apelo que ela contém, fez com que a frase "He ain't heavy, he is my brother" se tornasse uma espécie de provérbio, representando a solidariedade dos soldados nos riscos que corriam em batalhas, sobretudo na guerra do Vietnã. A partir daí, essa frase proliferou como o emblema de várias campanhas de ajuda humanitária, inclusive de instituições de internacionais, como Médicos Sem Fronteira, Cruz Vermelha e de algumas organizações maçônicas. Em 2001, a música foi tema da trilha sonora do filme Zoolander, cujo enorme sucesso consolidou ainda mais a força dessa frase, muito embora a origem que inspirou todo o movimento tenha sido meio esquecida.
Em razão desse esquecimento, surgiram na Internet diversas versões fictícias e lendas sobre a origem da frase. Entretanto, a história original, tendo como protagonista o monge James Well, está narrada em seu próprio livro “As Parábolas de Jesus”, do final do século XVIII.
Marcio Almeida é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, Diplomado da Escola Superior de Guerra, MM∴, Escritor, Músico Amador, Meio-Maratonista, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia.

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